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Encontros Anuais 2022: Gana abre as melhores páginas da sua cultura aos participantes

27/05/2022
"A cultura africana tornou-se um produto de exportação global", disse o Presidente Adesina.

O Gana abriu as suas riquezas culturais aos participantes dos Encontros Anuais de 2022 do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, através de uma maravilhosa noite cultural na quinta-feira, antes do encerramento do evento na sexta-feira.

A noite cultural foi oferecida pelas autoridades ganesas a convidados e participantes nos Encontros Anuais (23 a 27 de maio). Um poema declamado em língua Ashanti para ampliar o poder da solidariedade em África, seguido pela música tradicional da região; a noite cultural cumpriu todas as suas promessas. Os participantes descobriram a dança majestosa do povo Akan do Gana, bem como uma variedade de passos de dança, executados por bailarinos e bailarinas ao som de balafons, djembés e tambores tocados freneticamente por mulheres e homens, como que para mostrar a harmonia e a igualdade de género que marcam a história das sociedades africanas.

Dançarinos e dançarinas que executam passos de dança, ao som de balafons, djembÉs e tambores tocados freneticamente por mulheres e homens.

 

No seu discurso aos participantes, o ministro das Finanças do Gana, Kenneth Ofori-Atta, Presidente do Conselho de Governadores do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento, disse que o seu país estava orgulhoso de acolher África em Acra para refletir sobre os desafios das alterações climáticas e construir resiliência no continente.

"Bem-vindo à celebração da cultura africana; penso que todos nós podemos compreender que precisamos de plataformas como estas para mostrar, promover e, em última análise, preservar o nosso rico e diversificado património cultural", disse o Sr. Ofori-Attara.

"África é o berço da humanidade e o segundo maior continente. África tem uma herança cultural invejável com uma rica diversidade de línguas, alimentos orgânicos naturais, música e dança vibrantes, moda bonita, artes inspiradoras e fortes tradições que resistiram ao teste do tempo", afirmou, perante os aplausos da audiência.

“Quando vem para África e procura energia, cultura e pessoas, venha para a África Ocidental. A diversidade da Nigéria, só por si, vai ‘acabar consigo’, e claro, as belezas... do Gana", continuou, salientando que a África é o lar de um terço das línguas do mundo - entre 700 e 3.000 línguas.

Estou convencido de que as atividades desta noite serão um sucesso mesmo para além desta noite", acrescentou o Sr. Offori-Atta. “Posso assegurar-vos aqui que o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento fará tudo o que estiver ao seu alcance para apoiar plenamente o setor criativo e assegurar que os nossos profissionais da cultura sejam capacitados e autorizados a mostrar os seus talentos no maior número possível de plataformas globais. Ao fazê-lo, o nosso objetivo é construir laços mais fortes de solidariedade, paz e estabilidade em todo o continente", afirmou.

O Presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, Dr. Akinwumi Adesina, recordou a importância da cultura no desenvolvimento social e económico do continente, bem como na expressão do seu poder suave (‘soft power’). Recordou que o Banco estava ao lado dos agentes culturais do continente, nas artes e na moda, com a organização da Fashionomics (uma iniciativa do Banco para melhorar a indústria têxtil e a moda).

"Durante décadas, a beleza, brilho e tapeçaria magistral do tecido Kente (um tecido usado em alguns países da África Ocidental) tornaram-se sinónimos da moda africana. O potencial de geração de rendimentos e de criação de emprego da indústria da moda em África é a razão pela qual eu disse que o Banco Africano de Desenvolvimento tinha criado a iniciativa Fashionomics", afirmou Adesina.

“Esta iniciativa proporciona capacitação, competências empresariais, oportunidades de networking e um maior acesso ao financiamento para designers e empresários fazerem crescer os seus negócios", salientou.

"A cultura africana tornou-se um produto de exportação global", disse o Presidente Adesina.

Acrescentou que a cultura em África se tinha tornado uma indústria com Nollywood agora sentada ao lado de Hollywood e Bollywood e gerando 7,2 mil milhões de dólares e ainda em crescimento. Nollywood emprega diretamente 300.000 pessoas e mais um milhão em fornecimento e serviços de apoio. Adesina recordou que a Netflix, a plataforma de streaming, se instalou em África porque a indústria cultural do continente é próspera, inovadora, e criadora de emprego e riqueza. "A Netflix está aqui em África, trazendo para África 8 mil milhões de dólares de investimento; o nosso ‘soft power’ é uma ferramenta poderosa para reformular a narrativa, criar riqueza, mostrar oportunidades e apresentar uma África jovem, dinâmica e vibrante ao público global", disse o Presidente Adesina.

O Presidente do Banco foi então presenteado com dois lindos laços, um em cores ganenses.

O Presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, Dr. Akinwumi Adesina, com um dos dois belos laços que lhe foram dados de presente.

A noite foi animada para o ministro ganense, o Presidente Adesina e os muitos convidados que dançaram ao som da música tradicional ganense e de outros ricos sons do continente.

 

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